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Limite de Vendas SAT, NFCe e MFe

Caso o usuário queira fazer vendas com valores superiores à esses limites, deverá ser emitida NF-e (Nota Fiscal Eletrônica).

Estado – UFValor igual ou inferiorValor igual ou superiorValor Limite Total
Alagoas – ALR$499,99R$500,00R$200.000,00
Acre – ACR$10.000,00R$10.000,01R$100.000,00
Amazonas – AMR$9.999,99R$10.000,00Não tem limite
Bahia – BAR$499,99R$500,00R$200.000,00
Ceará – CER$9.999,99R$10.000,0010.000,00
Distrito Federal – DFR$9.999,99R$10.000,00R$200.000,00
Espírito Santo – ESR$9.999,99R$10.000,00R$200.000,00
Goiás – GOR$9.999,99R$10.000,00R$200.000,00
Maranhão – MAR$9.999,99R$10.000,00R$200.000,00
Mato Grosso – MTR$9.999,99R$10.000,00R$200.000,00
Mato Grosso do Sul – MSR$9.999,99R$10.000,00R$200.000,00
Minas Gerais – MGR$2.999,99R$3.000,00R$200.000,00
Pará – PAR$9.999,99R$10.000,00R$200.000,00
Paraíba – PBR$499,99R$500,00R$200.000,00
Paraná – PRR$9.999,99R$10.000,00R$200.000,00
Pernambuco – PER$999,99R$1.000,00R$200.000,00
Piauí – PIR$999,99R$1.000,00R$200.000,00
Rio de Janeiro – RJR$9.999,99R$10.000,00R$200.000,00
Rio Grande do Norte – RN R$9.999,99R$10.000,00R$200.000,00
Rio Grande do Sul – RSR$199,99R$200,00R$200.000,00
Rondônia – ROR$9.999,99R$10.000,00R$200.000,00
Roraima – RRR$9.999,99R$10.000,00R$200.000,00
São Paulo – SPR$9.999,99R$10.000,00R$200.000,00
Sergipe – SER$4.999,99R$5.000,00R$200.000,00
Tocantins – TOR$1.999,99R$2.000,00R$200.000,00

O Estado do Ceará utiliza o Módulo Fiscal Eletrônico (Cupom Fiscal Eletrônico), sendo vedado o uso NFC-e devendo emitir NF-e (modelo 55) em operações com valor superior a R$ 10.000,00 (Decreto 31922/2016);

Google Chrome 90 vai usar HTTPS por padrão e acelerar carregamento de sites

Google Chrome está na versão 89, mas não por muito tempo: o Chrome 90 para Android e desktops já chegou à fase beta. Essa versão vai trazer uma novidade importante: a partir dela, o navegador assumirá, por padrão, que o endereço digitado pelo usuário começa com https://, característica que deve melhorar o carregamento das páginas.

É uma mudança bastante coerente, tanto que poderia ter sido implementada antes. Isso porque, hoje, a maior parte dos sites tem suporte a HTTPS — o símbolo de cadeado que praticamente todos os navegadores exibem na barra de endereços é a maneira mais fácil de comprovar isso.

A adoção do HTTPS ganhou força depois que o Google passou a sinalizar páginas HTTP como não seguras no Chrome. Além disso, o certificado virou critério de classificação nas buscas: se duas páginas possuírem conteúdo equivalente, a que tiver HTTPS tem mais chances de aparecer em posição privilegiada nos resultados.

Apesar disso, sempre que o usuário digita um endereço nunca antes acessado ali, o Chrome tenta entrar no site inserindo http:// no início da URL e só faz o acesso com https:// depois de ser redirecionado — ninguém digita um endereço como https://tecnoblog.net, mas algo como tecnoblog.net, então cabe ao navegador completar a URL.

Com a versão 90 (e sucessoras), o navegador tentará acessar um endereço digitado pelo usuário com https://. Se o site não tiver suporte a HTTPS ou se houver algum problema com o certificado, o Chrome tentará fazer o acesso com http://.

Essa é uma mudança simples, mas que, de acordo com o Google, poderá incrementar um pouco a segurança da navegação e, principalmente, tornar o carregamento de páginas com HTTPS mais rápidas.

Inicialmente, a mudança será direcionada ao Chrome 90 para desktops e Android, a ser liberado nas próximas semanas. A versão do navegador para iOS receberá o recurso em fase posterior.

Chrome 89 usa menos memória no Windows e aquece menos o Mac, segundo a Google

Google conhece bem a fama do Chrome e está trabalhando para melhorar isso na versão 89 de seu navegador. Segundo a empresa, a versão mais recente do Chrome traz melhorias que ajudam a usar menos memória, economizar energia e melhorar sua performance no geral. A Google relatou mudanças do Chrome 89 no WindowsMac e dispositivos Android, mas estranhamente não mencionou melhorias para o iOS.

Começando pelo Windows, onde a fama do Chrome usar muita memória já virou até meme, a Google diz que o Chrome 89 usa um alocador de memória mais avançado em mais áreas do navegador, o que permite um uso reduzido da memória. E isso vale para a versão Android do programa também. Segundo a empresa, seus testes mostraram redução do uso de memória de até 22% nos processos do navegador, de até 3% no uso da GPU e uma melhoria na responsividade geral de até 9%.

Essas melhorias no Android também economizam memória, mas menos. A Google relata que o Chrome 89 usa até 5% menos memória e oferece uma inicialização até 7,5% mais rápida. A empresa também promete carregamentos de página até 2% mais rápido e menos travamentos no app. Dispositivos high-end, com Android 10 ou mais recente, devem ver as páginas carregarem até 8,5% mais rápido, com um uso mais “fluido” em 28%.

Indo para o MacOS, o Chrome 89 passa a lidar com abas no background da mesma maneira que ele já faz em outros sistemas, trazendo uma economia de memória de até 8%, segundo a Google. A empresa destaca que uma das principais vantagens com as mudanças é a pontuação do navegador no impacto no uso da energia, algo que foi melhorado em até 65%. Isso deve manter o Mac mais frio durante o uso e, por consequência, mais silencioso, já que os ventiladores não vão precisar trabalhar tanto para resfriá-lo.

O Chrome 89 está disponível para download e, se você já usa o navegador e não mudou as configurações padrões, ele já deve ter sido atualizado automaticamente. Alternativamente, você pode clicar em “Sobre o Google Chrome” na aba “Ajuda”. O navegador vai verificar a versão atual e baixar a atualização, se precisar.

Intel vai liderar projeto de criptografia do Departamento de Defesa dos EUA

Programa de proteção de dados da Darpa visa tornar a criptografia totalmente homomórfica uma realidade

A Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (Darpa), ligada ao Departamento de Defesa dos Estados Unidos, anunciou quatro novas equipes de pesquisa, incluindo uma liderada pela Intel que tentará tornar a criptografia totalmente homomórfica (FHE) uma realidade prática.

A FHE sempre foi uma aspiração dos especialistas em criptografia, já que permite computação, análise e outros usos de informações criptografadas sem a necessidade de descriptografá-las. Isso ajudaria a encontrar um equilíbrio melhor entre a capacidade de usar dados confidenciais em toda a sua extensão e minimizar o risco de exposição.

A criptografia totalmente homomórfica é uma abordagem de segurança de dados que fornece prova matemática de criptografia usando meios criptográficos, fornecendo um novo nível de certeza sobre como os dados são armazenados e manipulados. Hoje, a criptografia tradicional protege os dados armazenados ou em transmissão, mas as informações devem ser descriptografadas para realizar um cálculo, analisá-las ou empregá-las para treinar um modelo de aprendizado de máquina. A descriptografia coloca os dados em risco, expondo-os a comprometimento por hackers experientes ou até mesmo vazamentos acidentais.

A FHE permite o cálculo de informações criptografadas, possibilitando que os usuários encontrem um equilíbrio entre o uso de dados confidenciais em toda a sua extensão e a eliminação do risco de exposição. Embora a FHE seja cada vez mais apresentada como um caminho viável a seguir, o problema até agora tem sido o poder de computação e o tempo necessário para conseguir isso. “Um cálculo que levaria um milissegundo para ser concluído em um laptop padrão demoraria semanas para ser calculado em um servidor convencional executando FHE hoje”, explica Tom Rondeau, gerente do programa de Proteção de Dados em Ambientes Virtuais (DPrive) na Darpa.

Para acelerar esse tempo de processamento de semanas para segundos ou milissegundos, a Darpa vai construir um acelerador de hardware como parte do DPrive, que em teoria ofereceria grandes avanços sobre as abordagens baseadas em software. O acelerador de hardware vai ser capaz de acelerar drasticamente os cálculos FHE, tornando a tecnologia mais acessível para aplicativos de defesa sensíveis, bem como para uso comercial.

As equipes de pesquisa anunciadas na segunda-feira, 8, pela Darpa são a subsidiária da Intel com foco em governo, a Intel Federal, a Duality Technologies, Galois e a organização sem fins lucrativos SRI International.

O trabalho de cada um é criar um hardware acelerador FHE e uma pilha de software projetada para processar cálculos FHE em uma velocidade semelhante às operações de dados não criptografados.

Ao fazer isso, eles irão explorar o uso de CPUs com diferentes tamanhos de “palavras” — as unidades de dados que determinam o design de um processador. Eles vão tentar de tudo, desde palavras de 64 bits usadas em designs de processadores modernos até 1000 bits.

Eles também examinarão “novas abordagens para gerenciamento de memória, estruturas de dados flexíveis e modelos de programação e métodos de verificação formal para garantir que a implementação do FHE seja correta por design e forneça confiança ao usuário”, de acordo com a Darpa.

Como o co-design de algoritmos, hardware e software FHE é fundamental para a criação bem-sucedida do acelerador DPrive de destino, cada equipe está trazendo conhecimentos técnicos variados para o programa, bem como conhecimento profundo em FHE.

Se forem bem-sucedidos, podem ter aplicações militares e comerciais significativas. “Atualmente estimamos que somos cerca de um milhão de vezes mais lentos para computar no mundo FHE do que no mundo do texto simples”, disse Rondeau. “O objetivo do DPrive é reduzir o FHE às velocidades computacionais que vemos em texto simples. Se formos capazes de atingir esse objetivo enquanto posicionamos a tecnologia em escala, o DPrive terá um impacto significativo em nossa capacidade de proteger e preservar os dados e a privacidade do usuário.”

Projeto de lei quer inserir novo tributo aos serviços de streaming no Brasil

O deputado Filipe Barros (PSL-PR) elaborou o Projeto de Lei (PL) 640/21, que institui um novo tributo às plataformas de streaming no Brasil, como Netflix, Spotify, entre outros. Isso porque o texto prevê a instituição da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre a receita bruta de serviços de disponibilização, distribuição, divulgação ou fornecimento de conteúdo pela internet, realizados com o intuito de exploração econômica.

Segundo a proposta, será instituída uma alíquota de contribuição de 3% sobre a receita bruta da empresa, decorrente da exploração econômica da atividade para usuários localizados no Brasil, mesmo que auferida no exterior. O texto prevê que a contribuição não será cobrada das empresas imunes ou isentas do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), na exploração da mesma atividade.

“A intenção é tributar a receita bruta da pessoa jurídica, apurada globalmente em proporção do número de usuários situados no Brasil. Sobre esse valor incidirá uma a Cide-Internet com alíquota de 3%”, explica Barros. “Essa incidência, contudo, não abrangerá a receita da empresa que for submetida à tributação no País, mediante inclusão na apuração da base de cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica. Ou seja, pretende-se tributar somente a parcela de receita que escapa da tributação nacional”.

Barros lembra ainda que o valor gerado pela distribuição de conteúdo por redes sociais e serviços de streaming, hoje, “fica distante do território nacional, em nada beneficiando a população”.

Quais serão as atividades de streaming serão tributadas?

De com o texto do PL, o CIDE será cobrado das empresas de streaming a partir das seguintes condições:

  • Quando a exploração econômica da atividade ocorra por intermédio de publicidade, patrocínio ou merchandising;
  • Direcionamento de conteúdo;
  • Coleta, distribuição ou tratamento de dados relacionados aos usuários;
  • Incentivo ou direcionamento à utilização de serviços;
  • Plataforma de pagamentos;
  • Exploração ou divulgação de imagem, texto, vídeo ou som relacionado a pessoa física, ou jurídica.

Caso se enquadre nessas condições, a empresa deverá informar à Receita Federal representante legal responsável pelo cumprimento da medida. Competirá à Secretaria da Receita a administração da Cide-Internet, incluídas as atividades de tributação, fiscalização e arrecadação, bem como o estabelecimento de obrigações acessórias.

Onde o dinheiro arrecadado será usado?

Segundo o autor do PL, caso a proposta seja aprovada, a arrecadação da Cide-Internet será destinada a investimentos em infraestrutura na rede de ensino público. O dinheiro será usado no fornecimento de equipamentos de informática e o acesso gratuito a internet para alunos, professores e servidores. E, se possível estendido à população em geral.

O deputado Barros afirma ainda que os valores arrecadados também poderá ser usados no financiamento de infraestrutura e projetos para defesa do Estado brasileiro e “combate à guerra cibernética”, sob supervisão do Ministério da Defesa.

O PL 640/21 está em análise na Câmara dos Deputados e ainda não há uma previsão de quando ele será votado na Casa.

Dia Internacional da Mulher: a origem operária do 8 de Março

Data é celebrada oficialmente desde 1975, mas sua origem remonta do início do século 20, quando diversos protestos de mulheres ecoaram pelos Estados Unidos e Europa reivindicando melhores condições de trabalho e igualdade de direitos.

Dia Internacional da Mulher é hoje uma data marcada por protestos que pedem igualdade de gênero — Foto: Getty Images

Muitas pessoas consideram o 8 de Março apenas uma data de homenagens às mulheres, mas, diferentemente de outros dias comemorativas, ela não foi criada pelo comércio — e tem raízes históricas mais profundas e sérias.

Oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, o chamado Dia Internacional da Mulher é comemorado desde o início do século 20.

Hoje, a data é cada vez mais lembrada como um dia para reivindicar igualdade de gênero e com protestos ao redor do mundo — aproximando-a de sua origem na luta de mulheres que trabalhavam em fábricas nos Estados Unidos e em alguns países da Europa.

Elas começaram uma campanha dentro do movimento socialista para exigir seus direitos — as condições de trabalho delas eram ainda piores que as dos homens à época.

A origem da data escolhida para celebrar as mulheres tem algumas explicações históricas. No Brasil, é muito comum relacioná-la ao incêndio ocorrido em Nova York no dia 25 de março de 1911 na Triangle Shirtwaist Company, quando 146 trabalhadores morreram, sendo 125 mulheres e 21 homens (na maioria, judeus), que trouxe à tona as más condições enfrentadas por mulheres na Revolução Industrial.

No entanto, há registros anteriores a esse episódio que trazem referências à reivindicação de mulheres para que houvesse um momento dedicado às suas causas dentro do movimento de trabalhadores.

As origens do Dia Internacional da Mulher

Se fosse possível fazer uma linha do tempo dos primeiros “dias das mulheres” que surgiram no mundo, ela começaria possivelmente com a grande passeata das mulheres em 26 de fevereiro de 1909, em Nova York.

Na Rússia, em 1917, milhares de mulheres foram às ruas contra a fome e a guerra; a greve delas foi o pontapé inicial para a revolução russa e também deu origem ao Dia Internacional da Mulher — Foto: Getty Images

Naquele dia, cerca de 15 mil mulheres marcharam nas ruas da cidade por melhores condições de trabalho — na época, as jornadas para elas poderiam chegar a 16h por dia, seis dias por semana e, não raro, incluíam também os domingos. Ali teria sido celebrado pela primeira vez o “Dia Nacional da Mulher” americano.

Enquanto isso, também crescia na Europa o movimento nas fábricas. Em agosto de 1910, a alemã Clara Zetkin propôs em reunião da Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas a criação de uma jornada de manifestações.

“Não era uma questão de data específica. Ela fez declarações na Internacional Socialista com uma proposta para que houvesse um momento do movimento sindical e socialista dedicado à questão das mulheres”, explicou à BBC News Brasil a socióloga Eva Blay, uma das pioneiras nos estudos sobre os direitos das mulheres no país.

“A situação da mulher era muito diferente e pior que a dos homens nas questões trabalhistas daquela época”, disse ela, que é coordenadora da USP Mulheres.

A proposta de Zetkin, segundo os registros que se tem hoje, era de uma jornada anual de manifestações das mulheres pela igualdade de direitos, sem exatamente determinar uma data. O primeiro dia oficial da mulher seria celebrado, então, em 19 de março de 1911.

Em 1913, as mulheres já protestavam pelo direito de votar nos Estados Unidos; nessa época, eram frequentes os protestos também por melhores condições de trabalho — Foto: Getty Images

Em 1917, houve um marco ainda mais forte daquele que viria a ser o 8 de Março. Naquele dia, um grupo de operárias saiu às ruas para se manifestar contra a fome e a Primeira Guerra Mundial, movimento que seria o pontapé inicial da Revolução Russa.

O protesto aconteceu em 23 de fevereiro pelo antigo calendário russo — 8 de março no calendário gregoriano, que os soviéticos adotariam em 1918 e é utilizado pela maioria dos países do mundo hoje.

Após a revolução bolchevique, a data foi oficializada entre os soviéticos como celebração da “mulher heroica e trabalhadora”.

Data foi oficializada em 1975

O chamado Dia Internacional da Mulher só foi oficializado em 1975, ano que a ONU intitulou de Ano Internacional da Mulher para lembrar suas conquistas políticas e sociais.

“Esse dia tem uma importância histórica porque levantou um problema que não foi resolvido até hoje. A desigualdade de gênero permanece até hoje. As condições de trabalho ainda são piores para as mulheres”, pontuou Eva Blay.

“Já faz mais de cem anos que isso foi levantado e é bom a gente continuar reclamando, porque os problemas persistem. Historicamente, isso é fundamental.”

Cartaz em Londres dizendo ‘O futuro é feminino’: mulheres de todo o mundo fazem marchas e protestos por direitos iguais na semana do 8 de Março — Foto: EPA

No mundo inteiro, a data ainda é comemorada, mas ao longo do tempo ganhou um aspecto “comercial” em muitos lugares.

O dia 8 de março é considerado feriado nacional em vários países, como a própria Rússia, onde as vendas nas floriculturas se multiplicam nos dias que antecedem a data, já que homens costumam presentear as mulheres com flores na ocasião.

Na China, as mulheres chegam a ter metade do dia de folga no 8 de Março, conforme é recomendado pelo governo – mas nem todas as empresas seguem essa prática.

Já nos Estados Unidos, o mês de março é um mês histórico de marchas das mulheres.

No Brasil, a data também é marcada por protestos nas principais cidades do país, com reivindicações sobre igualdade salarial e protestos contra a criminalização do aborto e a violência contra a mulher.

“Certamente, o 8 de Março é um dia de luta, dia para lembrarmos que ainda há muitos problemas a serem resolvidos, como os da violência contra a mulher, do feminicídio, do aborto, e da própria diferença salarial”, observou Blay.

Segundo ela, mesmo passadas décadas de protestos das mulheres e de celebração do 8 de Março, a evolução ainda foi muito pequena.

“Acho que o que evoluiu é que hoje a gente consegue falar sobre os problemas. Antes, se escondia isso. Tudo ficava entre quatro paredes. Antes, esses problemas eram mais aceitos, hoje não.”

Apophis estará no ponto mais próximo da Terra nesta sexta (5)

Nesta sexta, o asteroide que recebeu o nome do deus egípcio do caos se torna visível da Terra (felizmente, não a olho nu): o Apophis cruzará a trajetória da Terra, mas sem perigo de se chocar com o planeta – pelo menos, não desta vez.  Ele estará a 0,11 UA (uma unidade astronômica é a distância entre a Terra e o Sol) ou 150 milhões de quilômetros, 44 vezes a distância entre nós e a Lua.

Porém, a cada volta ao redor do Sol, essa distância diminui. Hoje, ela é, no ponto mais distante de nós, de 2 UA, por isso o Apophis (na verdade, 99942 Apophis) é classificado como um asteroide “Atens”, grupo que reúne aqueles cujas órbitas são menores em largura que a da órbita da Terra, ou 1 UA.

Em 2029, porém, ele alargará sua trajetória e será promovido a outro grupo, conhecido como “Apollo”, dos asteroides cuja órbita é maior que 1 UA – esses são considerados mais perigosos. Mesmo quando passar raspando pela zona de satélites de alta altitude, ele não se chocará com a Terra – o mesmo já foi previsto para a passagem do Apophis em 1936.

O problema é que nada é certo em se tratando desse asteroide (aliás, de nenhum deles). A própria luz do Sol tem a capacidade de alterar suas trajetórias, assim como a gravidade da Terra. Por isso, enquanto o sobrevoo deste ano será usado como um exercício para os astrônomos e astrofísicos que integram o sistema de defesa planetária, a passagem do asteroide em 2029 será uma oportunidade única.

Uma década de preparação

“Já sabemos que esse encontro com a Terra afetará a órbita de Apophis, mas nossos modelos também mostram que a aproximação pode mudar a forma como esse asteroide gira, e é possível que haja algumas mudanças na superfície, como pequenas avalanches”, disse o astrônomo Davide Farnocchia, do Centro de Estudos de Objetos Próximos da Terra (CNEOS) do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, durante a Conferência de Defesa Planetária em abril de 2019.

Na ocasião e com 10 anos de antecedência, começou a ser esboçado um plano para extrair o máximo de informações sobre o Apophis quando ele se tornar visível a olho nu – inclusive a possibilidade de ser enviada uma sonda até ele para a coleta de material e estudo do seu interior.

“Apophis é um representante de cerca de 2 mil Asteroides Potencialmente Perigosos (Potentially Hazardous Asteroids, ou PHAs) atualmente conhecidos. Ao observá-lo durante seu sobrevoo de 2029, ganharemos importantes conhecimentos científicos que poderão um dia ser usados para defesa planetária”, disse Paul Chodas, diretor do CNEOS.

Amendoim espacial

Um dos aspectos que poderão ser melhor observados este ano é a forma do Apophis (imagens captadas pelo finado radiotelescópio de Arecibo mostraram que ele tem a forma de um gigantesco amendoim). Ele teria a idade do sistema solar (cerca de 4,6 bilhões de anos), vagando desde então entre os planetas e sendo empurrado de um lado para outro pela influência gravitacional principalmente de Júpiter.

A aproximação de um asteroide é a oportunidade de a comunidade astronômica investigar, usando radiotelescópios, a forma e a rotação dos asteroides. Este ano, essa tarefa não será de Arecibo, e sim do Goldstone Deep Space Communications Complex da NASA na Califórnia.

Uma das antenas do Observatório Goldstone, que vai acompanhar o Apophis em sua passagem pela Terra.
Fonte:  Wikimedia Commons/Reprodução 

Desde a última quarta-feita (3), suas antenas estão direcionadas para acompanhar o Apophis, missão que cumprirá até o próximo dia 14, quando o asteroide não estará mais ao alcance. Quem assumirá a tarefa de seguir o mensageiro do caos será o telescópio espacial NEOWISE – pelo menos até o fim de abril.